Justiça condena homem por estupro de ex-candidata a vice-prefeita de Porto Velho
O crime ocorreu em 4 de outubro de 2024, vésperas das eleições municipais.

O 2º Juizado de Violência Doméstica condenou, na última quarta-feira (12), Michelangelo Barroso a 9 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado pelo estupro da ex-candidata a vice-prefeita de Porto Velho e presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Liliane Rodrigues, conhecida politicamente como Lili.
O Caso
O crime ocorreu em 4 de outubro de 2024, vésperas das eleições municipais. Lili, que formou chapa com Samuel Costa (Rede), participava de uma reunião política na casa de sua namorada, em apoio a um candidato a vereador da área da saúde. O condenado também estava presente no encontro.
Durante a noite, Liliane adormeceu em um dos quartos e foi surpreendida ao perceber que estava sendo violentada. Ao compreender a situação, conseguiu fugir e denunciou o caso às autoridades horas depois.
Decisão Judicial
O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) determinou, além da pena de reclusão, o pagamento de indenização de R$ 10 mil à vítima. O processo corre sob sigilo, e detalhes adicionais não foram divulgados.
Michelangelo Barroso aguardava a sentença preso e não teve direito a recorrer em liberdade. O primeiro advogado do réu deixou o caso, e sua nova defesa ainda não se manifestou publicamente.
Repercussão
Nas redes sociais, Lili compartilhou sua dor e reafirmou a importância da condenação: "Desde aquele dia, minha vida virou um caos. Relembrar tudo isso é muito doloroso. Estou em tratamento psiquiátrico para tentar superar e seguir minha vida", declarou em entrevista.
O caso gerou grande repercussão e mobilizou debates sobre violência contra a mulher, reforçando a necessidade de medidas de prevenção e acolhimento a vítimas de crimes sexuais.