Presos ostentam nas redes sociais tirando fotos de dentro da cadeia em Porto Velho

Em um Estado marcado pela crescente insegurança nas ruas, a realidade dentro das prisões de Rondônia revela um cenário ainda mais alarmante. Presidiários, que deveriam estar cumprindo pena, exibem vidas de ostentação nas redes sociais, postando fotos e vídeos diretamente de suas celas, como se estivessem desfrutando de plena liberdade.
A principal questão que se impõe é: como esses aparelhos, que deveriam ser proibidos, continuam a entrar nas unidades prisionais? Como é possível que, em um ambiente destinado ao isolamento e punição, os presos tenham acesso a celulares e possam compartilhar suas imagens, frequentemente exibindo riqueza e influência, enquanto a sociedade, fora das grades, vive em constante vigilância e medo?
No caso específico do presídio do Panda, os registros de ostentação são apenas a ponta do iceberg de um sistema falho, que parece ignorar a gravidade dessa situação. A falta de controle efetivo sobre o que acontece dentro das prisões reflete um descaso com a segurança pública e a recuperação dos detentos, além de levantar questões sobre a corrupção dentro do sistema penitenciário.
Enquanto isso, a população continua refém de um sistema que prioriza a manutenção de um ambiente que favorece os criminosos e negligencia os direitos da sociedade. O que parece ser um reflexo de um sistema público mais interessado em ignorar o problema do que em buscar soluções efetivas para a segurança dos cidadãos.
É urgente que as autoridades repensem as práticas de gestão das prisões e adotem medidas rigorosas para impedir o acesso indevido a aparelhos que facilitam a comunicação entre presos e suas organizações criminosas, além de garantir que o sistema penitenciário cumpra sua função de reintegração e não de perpetuação do crime.
Rondônia e outras regiões do país precisam de respostas rápidas e eficazes para que a justiça e a segurança sejam, de fato, restabelecidas.