Presidente Heitor Costa vai receber salario anual de R$ 2,5 milhões, enquanto futebol Rondoniense pede socorro

O futebol de Rondônia vive um dos seus momentos mais críticos. Falta estrutura, apoio financeiro, planejamento e incentivo. No entanto, enquanto os clubes sofrem para pagar despesas básicas, o presidente da Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER), Heitor Luiz da Costa Junior, passará a receber um salário de R$ 215 mil por mês. O aumento de 330%, autorizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), salta dos antigos R$ 50 mil e escancara a desigualdade dentro do esporte estadual.
Um Futebol Abandonado
A situação dos clubes rondoniense é desoladora. Times tradicionais como Genus e Ji-Paraná enfrentam crises financeiras constantes. O campeonato estadual é mal organizado, as categorias de base recebem pouco ou nenhum investimento e o futebol feminino segue ignorado. A gestão da FFER é criticada por sua omissão, falta de transparência e incapacidade de desenvolver projetos que realmente beneficiem o esporte local.
A Indignação Cresce
A aprovação do aumento salarial ocorreu após a reeleição de Ednaldo Rodrigues para a presidência da CBF e causou revolta em diversos estados. Mas em Rondônia, onde a realidade do futebol é ainda mais precária, a indignação é maior.
“Enquanto os clubes não têm dinheiro para pagar viagens, estadia e alimentação dos jogadores, o presidente da federação vai ganhar R$ 215 mil? Isso é um absurdo”, critica um dirigente local que preferiu não se identificar.
Falta de Cobrança e de Resultados
Heitor Costa está à frente da FFER há anos, mas sob sua gestão, Rondônia segue sem representação significativa em competições nacionais. Sem pressão e sem cobrança, ele continua no cargo sem apresentar planos concretos para modernizar o futebol estadual.
Enquanto isso, os cofres da CBF seguem cheios, com arrecadação superior a R$ 1,1 bilhão em 2023. Mas e Rondônia? Continua invisível, tanto dentro quanto fora de campo.
E Agora?
A pergunta que fica é: até quando o futebol rondoniense será tratado como o último da fila? Até quando dirigentes vão enriquecer às custas de um esporte que agoniza?
A paixão pelo futebol segue viva em Rondônia, mas precisa de gestão séria, compromisso e respeito pelos clubes, atletas e torcedores. O futuro do futebol do estado depende de mudanças urgentes. Caso contrário, seguirá condenado ao abandono e à irrelevância.