Governo de Rondônia constrói “Vila Olímpica” de R$ 22 milhões para jovens internos, enquanto população segue sem Hospital de Urgência
O local contará com alojamentos individuais, salas de aula, biblioteca, refeitório, atendimento médico, psicológico e social, além de oficinas de capacitação, áreas esportivas com quadra poliesportiva, pista de atletismo e espaço para convivência familiar.

Enquanto a população de Rondônia enfrenta a precariedade no sistema de saúde pública e aguarda há anos a construção de um Hospital de Urgência e Emergência, o Governo do Estado investe R$ 22 milhões na construção de uma moderna unidade do sistema socioeducativo em Porto Velho, apelidada de “Vila Olímpica”.
A nova estrutura, oficialmente chamada de Centro Socioeducativo (Case), está sendo construída em ritmo acelerado e é inspirada na unidade de Ji-Paraná. O espaço será destinado à internação de adolescentes em conflito com a lei e promete ser uma das mais modernas do país.
O local contará com alojamentos individuais, salas de aula, biblioteca, refeitório, atendimento médico, psicológico e social, além de oficinas de capacitação, áreas esportivas com quadra poliesportiva, pista de atletismo e espaço para convivência familiar.
Apesar da proposta de ressocialização ser válida e necessária, a iniciativa levanta questionamentos sobre as prioridades da gestão estadual. Moradores de diversas regiões de Rondônia seguem enfrentando longas esperas por atendimento médico, com hospitais superlotados e falta de leitos, profissionais e insumos.
Além disso, a promessa de um Hospital de Urgência e Emergência em Porto Velho se arrasta há anos, sem sair do papel. Para muitos rondonienses, o investimento milionário em uma estrutura voltada para jovens infratores soa como um descaso com a população que clama por saúde e dignidade.
A obra do novo Case reforça o debate sobre a destinação de recursos públicos e a falta de planejamento estratégico para áreas essenciais, como saúde e infraestrutura hospitalar.