EXCLUSIVO – APÓS FRACASSO EM CONSTRUIR NOVO HOSPITAL, GOVERNO DEVE ENTREGAR ADMINISTRAÇÃO DO JOÃO PAULO II A EMPRESA QUE NÃO CUMPRIU CONTRATO

O site @noticiasportovelho teve acesso com exclusividade a documentos oficiais que revelam mais um capítulo polêmico na crise da saúde pública em Rondônia. O Governo do Estado criou uma comissão especial para contratar, em caráter emergencial, uma empresa privada que será responsável pela administração do Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II, a unidade hospitalar mais crítica do estado.
Segundo os documentos, a empresa — que ainda não teve o nome oficialmente divulgado — ficará encarregada de gerenciar a estrutura física, os serviços médicos, o pessoal e o fornecimento de insumos do hospital. A medida visa garantir o funcionamento da unidade e manter o atendimento aos usuários do SUS.
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No entanto, o que chama a atenção é que a empresa especulada para assumir a gestão do João Paulo II é a mesma que já havia sido contratada anteriormente para construir o novo hospital estadual — obra que nunca saiu do papel. Agora, essa mesma organização estaria sendo cotada para comandar, de forma emergencial, o hospital que há anos enfrenta superlotação, denúncias de abandono e condições precárias de atendimento.
Com mais de 1.000 servidores ativos, entre efetivos, temporários e federais, a decisão do governo de terceirizar a operação da unidade levanta sérias dúvidas sobre os rumos da saúde pública estadual. Para muitos, essa medida representa uma admissão explícita de fracasso na gestão da saúde por parte do governador Marcos Rocha, que está no comando do estado há mais de oito anos e não conseguiu cumprir a promessa de entregar um novo hospital.
A tentativa de passar a responsabilidade para o setor privado, em vez de enfrentar os problemas com soluções estruturantes, acende um sinal de alerta. O que a população pode esperar de uma empresa que já falhou em cumprir contratos anteriores?
A reportagem teve acesso aos documentos publicados no Diário Oficial, que confirmam a criação da comissão e os primeiros passos para a contratação emergencial. Confira abaixo: